(…) verbo que chama o outro, externo ou interno: dentro de si. Começo uma relação com curiosidade, com ânsia, pretexto de diversão, vontade de me encontrar no outro (?).
O outro me desmonta e escancara as sombras, feridas, mágoas passadas, presentes e futuras… intensidade não seja possível a escolha.
Atravesso.
E no mar dessa vivência, escancaro inseguranças, as minha, a do outro, as de terceiros.
Diagnóstico: solidão extrema em tempos pandêmicos, mas, era precedente à força maior.
Expectativa: segurança.
Percalços: comunicação.
Entre coisas vivendas e vividas, prenúncios… o silêncio implora atenção.
Muita informação. Muito tesão. Muito tudo. E, no muito, nada… porque barulho em excesso ensurdece.
divagar devagar sobre os incômodos e mensagens soltas àquele que não tem conhecimento da profundidade dos incômodos… entendo que estar consciente e sofrer o sofrimento estão em falta. Banalização em excesso.
escrita, crescimento e, até que me satisfaço com tal hoje exposição de sentimentos, mesmo que em palavras dúbias, simbólicas e esparsas… sinto-me segura no meu campo linguístico, mas tenho muita vergonha de textos antigos…
os choramingos de hoje serão a minha vergonha de amanhã, mas o processo de amadurecimento impõe essa ingenuidade, ridícula e profundamente humana.
Diálogo: substantivo masculino. Fala em que há a interação entre dois ou mais indivíduos; colóquio, conversa. Contato e discussão entre duas partes, troca de ideias.
O outro desafia, porém, antes eu que outro. O tempo e a experiência têm dito que, tentar equilibrar os nós internos é pressuposto para construções saudáveis.
(Jennifer Ernesto, 2021)
			



