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Como você está? Tudo bem? Desde que demos aquele match no Tinder, nós temos nos falado de forma recorrente e de forma sentimentalmente íntima. E, não é que na selva das redes antissociais, a gente conseguiu se encontrar, e nos acalentarmos com áudios, vídeochamadas e palavras? Eu estava aqui represando uma série de sentimentos, e senti a necessidade de escrever algo um pouco maior para você. Parece que estamos sempre entre uma mensagem e outra, entre correrias tantas, e misturando tarefas o tempo todo.
Obrigada por me ouvir, mesmo sem me conhecer de forma profunda. Obrigada por me acalentar e dizer palavras positivas. Obrigada por acreditar na boa-fé de uma mulher negra. Obrigada, obrigada e obrigada.
É que o afeto não é coisa fácil de ser obtida e ser vivida, sem que nos seja pedido muito em troca. Sem que nossos limites sejam duramente ultrapassados. Enquanto eu escrevo, meus olhos tentam fechar, meus ombros e pescoços doem, o estresse é físico e já faz um tempo.
A minha escrita em primeira pessoa diz mais sobre mim do que sobre você, é claro. E, é por isso que tanto importa que a escrita seja demorada, revisada, e até menos contida, como a do dia a dia.
Você é luz, vislumbro horizontes de bonança e crescimento em você, permita-se. Espero que possamos, na medida de nossas possibilidades, dar as mãos para a escuta e o afago, independente dos caminhos que nos levarão.
Se afetivo-amorosos-sexuais, se apenas afetivos, se amorosos, que seja… sua presença é delícia, e dentro das nossas possibilidades, será um prazer caminhar lado a lado nessa jornada.
Com carinho,
jenni
			



