
Na primeira vez que eu vi esse livro na livraria, eu não gostei do título. Sabe quando a gente fica incomodada com algo? Demorei um bom tempo até olhar essa obra com o cuidado e atenção que ela merecia. E, foi bem num momento que eu precisava entender os altos e baixos de todas as minhas relações. Tantos cortes e rompimentos, tantos amores e desamores. Tantos ressentimentos. E o porquê?
Eu tenho esse perfil de ir buscar respostas, e esse livro me trouxe mais perguntas. Não porque ele não seja capaz de dar luz as angustias em torno do amor. Mas, porque eu percebi o meu amor pela psicologia dos afetos e o tópico relacional. “Aquilo que a gente mais sabe e o que mais a gente precisa aprender”, certo?

A psicanalista traz temas importantes e de modo claro e objetivo, sem jargões psicológicos sobre a nossa necessidade/desejo/vontade de amar versus a nossa busca por apaziguar ou até mesmo aniquilar a solidão.
Ela “desconstrói” o ideal romântico e trás o amor para tantas relações possíveis de afeto.


Apesar dos dramas rápidos amorosos, as relações que mais me tocam e me perturbam racional e emocionalmente, são as relações fraternas. A amizade, a base de tudo.
E, esse livro, que considero como material de consulta para muitas questões, é mais um pontapé inicial para o mergulho na nossa psiqué humana e a nossa inclinação ao amor (será?).
Provocativo, claro e desafiador! Me vi em muitas situações – por bem ou por mal.
Perigo: alta probabilidade de mudanças de paradigmas após essa leitura.



(Texto e arte por Jennifer Ernesto, 01.04.2023)
			



